sexta-feira, 24 de junho de 2011

Bom, Mal e Fudido

Bom: Você decide não ter mais filhos.
Mal: Não encontra as pílulas anticoncepcionais.
Fudido: Estão com sua filha!

Bom: Teu filho está estudando no seu quarto.
Mal: Encontra vários vídeos pornôs.
Fudido: Você aparece neles!

Bom: Teu filho está transando finalmente!
Mal: Ele está saindo com a vizinha da frente.
Fudido: Você também!

Bom: Teu marido entende de roupas femininas.
Mal: Usa as suas!
Fudido: Fica melhor nele!

Bom: Você está dando educação sexual à sua filha.
Mal: Ela te interrompe constantemente.
Fudido: Fazendo correções!

Bom: Teu filho resolveu ir morar com alguém.
Mal: É outro homem.
Fudido: É teu melhor amigo.

Bom: Tua mulher está grávida.
Mal: São trigêmeos.
Fudido: Você fez vasectomia há 5 anos!

Bom: Tua filha conseguiu um emprego.
Mal: Como prostituta.
Fudido: Teus companheiros de trabalho são clientes.
Mais Fudido: Ela ganha mais que você!

Dificuldades de Ser Homem

- A dor física e moral de uma bolada no saco.

- O incômodo de uma cotovelada no gogó.

- A tortura de usar terno no verão.

- O suplicio de fazer a barba todo dia.

- O desespero de uma cueca apertada.

- O prazer adolescente de soltar um bom arroto.

- A loucura que é fingir indiferença diante de uma mulher sem sutiã.

- Possuir a superior capacidade de entrar no barbeiro e dizer apenas: "Corta ai!"

- Viver sobre o permanente risco de ter que entrar numa briga.

- Pilotar a churrasqueira.

- Ter que resolver os problemas do computador.

- Ter que reparar a roupa nova dela.

- Ter que reparar que ela trocou o perfume.

- Ter que reparar que ela trocou a tintura do cabelo de Imedia 713 louro cendro natural para 731 louro bege.

- Ter que jamais reparar que ela tem um pouco de celulite.

- A importância de uma decisão de campeonato para a humanidade.

- Ter que conversar sobre aplições, debêntures, dólares, ommodities, marcos, CDBs e RDBs, mesmo que o seu salário mal dá para chegar ao final do mês.

- Trabalhar para cacete em prol de uma família que reclama que ele trabalha pra cacete!

- Desviar os olhos do decote da secretária, que se faz de distraida e deixa a blusa desabotoada até o
umbigo.

- Trabalhar com mulher!!! Aqui para não dizer se é possivel discutir a sério um assunto de trabalho com alguém que use batom vermelho, perfume atrás da orelha, cabelos soltos que balançam ao vento e saia justa? E quando ela cruza as pernas...

- Ter a obrigação de ser um atleta sexual.

- Ter pavor de falhar na hora H.

- Ter a suspeita que ela, com todos aqueles suspiros e gemidos, só está tentando nos incentivar.

- Ouvir um NÃO, virar conformado para o lado e dormir tranquilo, apesar da vontade de quebrar todo o quarto e fazer um escândalo.

- Entrar numa boate de strip-tease, dessas repletas de garotas baratas e garotas nem tão garotas assim, alegando pura "curiosidade antropológica".

- Ter que ouvi-la dizer que não tem uma única roupa

- Parar para comer frango no domingo na casa dos sogros, discutir politica com aquele velho reacionário, tratar bem os sobrinhos e se controlar para não dar na cara do irmão cara-de-pau dela, que veio pedir dinheiro emprestado de novo!

Papos

— Me disseram...

— Disseram-me.

— Hein?

— O correto é "disseram-me". Não "me disseram".

— Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"?

— O quê?

— Digo-te que você...

— O "te" e o "você" não combinam.

— Lhe digo?

— Também não. O que você ia me dizer?

— Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?

— Partir-te a cara.

— Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.

— É para o seu bem.

— Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...

— O quê?

— O mato.

— Que mato?

— Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?

— Eu só estava querendo...

— Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo é elitismo!

— Se você prefere falar errado...

— Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?

— No caso... Não sei.

— Ah, não sabe?

— Não o sabes? Sabes-lo não?

— Esquece.

— Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.

— Depende.

— Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.

— Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.

— Agradeço-lhe a permissão para falar errado que me dás. Mas não posso mais dizer-lote o que dizer-te-ia.

— Por quê?

— Porque, com todo este papo, esqueci-lo.

(Luis Fernando Verissimo )